segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Soneto da Amizade


Ao amigo distante, de mim apartado
A quem interessar amizade nossa
Sentir-se amigo, irmão mais sagrado
Tua cumplicidade existir sempre possa
Não basta saber segredos, porventura
Haverá sempre amizade indiferente
Outra voz que conselho murmura
Saber-se da dor, a razão de repente
Porque minhas angústias chegaram
E se foram, outrora em meu peito
Desilusão, falsos amigos deixaram
Ao amigo sincero, nunca fica mágoa
Ao respeito dar-se, piedoso e límpido
Se dor houver, vejo com olhos d'água